A Morte de Stalin Crítica

Esse texto pode conter possíveis SPOILERS

Sinopse: União Soviética, 1953. Após a inesperada morte do ícone Josef Stalin (Adrian McLaughlin), o alto escalão do comitê do Partido Comunista se vê em momentos caóticos para decidir quem será o sucessor do líder soviético e quais rumos a nação seguirá a partir de então, uma enorme disputa que envolve até os complexos herdeiros do político. Baseado em uma história em quadrinhos francesa, 'The Death of Stalin'.

Crítica: 'A Morte de Stalin' cristaliza em um retrato cômico das circunstâncias que levaram a um golpe violento, com Khrushchev ultrapassando o papel de Stalin sob circunstâncias mortais de que até Iannucci não pode minar uma piada. Mesmo assim, ele encontra o caminho para um desenlace astuto que classifica como um dos mais nítidos exemplos de sua visão sarcástica. 'A Morte de Stalin' equivale a uma dose completa do absurdo que define sua visão. Líderes egoístas vêm e vão, mas não importa quem acabe no topo, é só uma questão de tempo antes que alguém derrube a torre novamente.

Com uma paleta de cores enferrujada e o trabalho radiofônico da câmera indicando um olhar cinematográfico mais polido, fica claro que o material pertence a Iannucci. O diretor aumenta o ímpeto, com um diálogo de sobreposição é uma comédia de insultos em ritmo acelerado.

O trabalho do elenco foi imprescindível neste filme, todos sustentam os diálogos com naturalidade, levando a comédia a um nível natural fugindo do estereótipo e exageros. 'A Morte de Stalin' tem paralelos óbvios com os tempos modernos, o modo como o filme transforma um capítulo sombrio da história soviética em uma comédia borbulhante, é o que o torna refrescante de se assistir.

Nota: 8

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