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  • Foto do escritorVinicius Monteiro

Aurora Crítica

Aurora Sunrise: A Song of Two Humans crítica filme cinema longa-metragem crítica de filme crítica de cinema

Uma Jornada Emocionante Entre Luz e Sombra.

 

Esse texto pode conter possíveis SPOILERS.

 

Sinopse: Seduzido por uma moça da cidade, um fazendeiro tenta afogar sua mulher, mas desiste no último momento. Esta foge para a cidade, mas ele a segue para provar o seu amor. Adaptado a partir do conto "Viagem a Tilsit", do escritor alemão Herrman Suderman.

 

Crítica: Em 1927, o cinema se encontrava em um momento de transformação. O cinema mudo, reinando por décadas, dava lugar à era do som. É nesse cenário que surge "Aurora" (Sunrise: A Song of Two Humans), obra-prima do diretor alemão F.W. Murnau, que desafia as convenções e se consagra como um marco atemporal.

 

"Aurora" narra a história simples, porém comovente, de um homem casado (George O'Brien) seduzido pela tentação da mulher da cidade (Margaret Livingston). A trama, embora clássica, ganha vida nas mãos de Murnau, que tece uma narrativa visualmente rica e emocionalmente profunda.

 

O filme se destaca por sua maestria técnica, explorando ao máximo os recursos do cinema mudo. O uso inovador de sobreposições, movimentos de câmera e efeitos sonoros cria uma atmosfera única e imersiva, transportando o espectador para o centro da história.

 

O longa-metragem contrasta a pureza do campo com a decadência da cidade, utilizando cenários estilizados e locações reais para criar uma jornada visualmente deslumbrante. A trilha sonora sincronizada e os efeitos sonoros pontuam a narrativa, intensificando as emoções e criando uma experiência sensorial completa.

 

"Aurora" é mais do que apenas um filme; é um poema visual que celebra a beleza e a complexidade da natureza humana. As imagens carregadas de simbolismo e a narrativa minimalista convidam o espectador a uma profunda reflexão sobre o amor, a traição e a redenção.

 

Apesar de não ter sido um sucesso comercial em sua época, "Aurora" se consolidou como um clássico atemporal, reconhecido por sua importância histórica e artística. O filme recebeu o Oscar de "Melhor Imagem Única e Artística" em 1928 e continua a encantar e inspirar gerações de cinéfilos.

 

É um melodrama muito amplo, e o realismo do diálogo falado teria feito isso impossível. Mas os filmes mudos eram mais oníricos, e Murnau era um gênio evocando imagens estranhas e perturbadoras e justaposições que criaram um pesadelo estado. Como os personagens são simples, eles assumem uma espécie de clareza moral, e suas escolhas são ampliadas em decisões fundamentais de vida e morte.

 

Conclusão: "Aurora" é uma obra-prima cinematográfica que transcende o tempo e as barreiras linguísticas. Através de sua narrativa visualmente rica e emocionalmente profunda, o filme convida o espectador a uma jornada inesquecível entre a luz e a sombra, explorando os temas universais do amor, da traição e da redenção.

 

Nota: 9



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