Vinicius Monteiro
Os Caça-Fantasmas 2 Crítica
Esse texto pode conter possíveis SPOILERS
Sinopse: Desde a batalha contra Gozer já se passaram cinco anos. Uma ordem judicial proibiu que Peter Venkman, Ray Stantz, Egon Spengler e Winston Zeddemore trabalhassem como caça-fantasmas e como resultado, tiveram que arrumar outros trabalhos, até que coisas estranhas começaram a acontecer.
Crítica: Geralmente há uma certa arrogância nos produtores referente a sequências. Eles sabem que têm você, independentemente do que está acontecendo na tela e o resultado é muitas vezes apático e rotineiro. A aventura fantasmagórica ainda é surpreendentemente, recorrendo a um conto mais sensato de maldade antiga que reside em obras de arte assombradas.
Os cenários eu achei mais realistas, os efeitos especiais e os diálogos continuam fazendo sua marca. O filme se beneficia substancialmente da química ainda irresistível entre os personagens centrais, com a atuação completamente afável de Murray ancorando os procedimentos, em geral, compensando seus elementos mais questionáveis.
'Os Caça-Fantasmas 2' foi uma sequência ansiosamente esperada, mas de alguma forma decepciona. O filme segue a mesma fórmula, o que deixa esse longa sem imaginação. Ideias antigas são levemente disfarçadas e depois regurgitadas, com caracteres arbitrariamente alterados para se adequarem ao novo contexto.
A atmosfera penetrantemente presunçosa do filme é perpetuada por uma dependência contínua de elementos auto referenciais e geralmente não há como evitar a sensação de que o filme não existiria se o original tivesse fracassado. Perto da conclusão, o enredo começa a se assemelhar ao cenário de fim do mundo de antes, quase como se os escritores Aykroyd e Ramis estivessem tentando corrigir falhas de script anteriores.
Torna-se aparente, eventualmente, que 'Os Caça-Fantasmas 2' parece mais um remake direto de seu antecessor superior do que uma continuação, já que o filme, escrito por Ramis e Aykroyd, apresenta uma narrativa que muitas vezes segue um caminho semelhante ao de 1984. Uma sequência chocantemente satisfeita e imperdoavelmente descuidada da comédia fenomenalmente popular.
Nota: 5
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