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  • Foto do escritorVinicius Monteiro

Veep 3° Temporada Crítica

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Uma Jornada de Poder, Caos e Insultos Criativos.

 

Esse texto pode conter possíveis SPOILERS.

 

Sinopse: Na terceira temporada de Veep, a vice-presidente Selina Meyer se encontra em uma situação precária. Após a morte do presidente, ela se torna a líder interina da Casa Branca, mas logo enfrenta uma série de desafios que ameaçam sua carreira e suas ambições políticas.

 

Crítica: Acompanhar personagens amados (outrora amados) por anos significa que, em algum momento, os laços transcendem as piadas. Nesse cenário, "Veep" se destaca como uma comédia de televisão singular, onde os personagens realmente não se amam. Essa dinâmica peculiar, temperada com humor ácido e sátira política afiada, torna a série viciante e instigante.

 

A primeira temporada de "Veep" se assemelhava a uma versão satírica de "The Office" ambientada em DC, temperada com um vocabulário ácido e mordaz. Na segunda temporada, a série encontrou sua identidade, explorando a deterioração da relação entre Selina e o presidente, elevando as neuroses da protagonista e as apostas para sua equipe.

 

A terceira temporada agita consideravelmente os relacionamentos entre os personagens. No entanto, o público talvez não se prenda tanto ao novo casamento de Mike, ao breve namoro de Gary ou à química entre Amy e Dan. São progressões naturais em uma sitcom, reflexo da passagem do tempo.

 

A recusa de "Veep" em rotular Selina com convicções políticas específicas é parte da sátira. Sua única crença real é a vitória. Essa generalização, embora divertida, torna as temporadas anteriores menos vibrantes. Na terceira temporada, essa característica se enfraquece, levando a série direto a vitória.

 

Os pontos altos da temporada se concentram na luta de Selina pelo poder, enfrentando a oposição interna, inclusive do ambicioso Jonah Ryan. Sua equipe se vê envolta em crises e escândalos, desde vazamentos até desastres naturais. Selina decide concorrer à presidência, mas sua campanha é marcada por gafes e momentos constrangedores. Sua vida pessoal também desmorona, com o casamento em ruínas e relações familiares tensas.

 

É intrigante torcer por um político em uma série de Iannucci, mas quando Julia Louis-Dreyfus está em cena, isso se torna possível. Sua atuação hilária transcende a identificação com a personagem, cativando o público com humor ácido e talento impecável.

 

A tradição dos insultos criativos de Malcolm Tucker continua viva em "Veep", mas com um ajuste sutil. Selina, antes constrangida pelo glamour do cargo, agora usa seu poder com humor ácido e ferino. Esses insultos não se limitam à crueldade, mas servem como ferramenta para satirizar o cenário político e suas campanhas absurdas.

 

A temporada é marcada por eventos inesquecíveis, como o escândalo "Selina-gate", o debate presidencial desastroso, a morte do chefe de gabinete Andrew Doyle e a renúncia de Selina diante de sucessivas derrotas.

 

"Veep" se destaca pela leveza e pela ausência de pretensões grandiosas, diferenciando-se de outras séries políticas. O escritório caótico da vice-presidente é palco de decisões impulsivas e motivadas por interesses pessoais, resultando em medidas medíocres e sem impacto real. Essa característica, inerente à protagonista, define com precisão a essência da série.

 

Conclusão: A terceira temporada de "Veep" consolida a série como uma obra satírica ácida e inteligente, com personagens cativantes e situações hilárias. Apesar de alguns pontos menos vibrantes, a temporada se destaca pela atuação impecável de Julia Louis-Dreyfus, pelos diálogos afiados e pela crítica mordaz à política. "Veep" é um prato cheio para quem busca humor inteligente e reflexões sobre o poder e suas nuances.

 

Nota: 9



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